Na terça-feira (23), durante a 14ª rodada de negociação da campanha salarial da categoria bancária, os bancos apresentaram mais uma proposta rebaixada, que não condiz com a realidade de carestia em que os brasileiros estão vivendo atualmente.
A proposta prevê reajuste para os vales refeição e alimentação de 8,88% (inflação projetada para o final de agosto). Assim, o valor do VR passa de R$ 41,92/dia para R$ 45,65/dia. O VA passa de R$ 726,71/mês para R$ 791,24/mês, aumento de R$ 64,53.
O movimento sindical rejeitou a proposta na mesa. A negociação será retomada nesta quarta-feira 24, onde será discutida a proposta de reajuste para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Perda de compra
O preço dos alimentos e bebidas já subiu 9,83% nos primeiros sete meses de 2022, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, o país registrou deflação de 0,68%, mas os alimentos subiram 1,3%.
Só o leite leite longa vida subiu 25,46% no mês passado, tendo já subido 10,72% em junho. Por conta disso, o custo de derivados também aumentou: o queijo subiu 5,28% em julho; a manteiga, 5,75%; e o leite condensado, 6,66%. No ano, o leite já subiu 77,84% e os seus derivados, 39,58%.
Outros alimentos que tiveram destaque no aumento foram as frutas, com alta de 4,40% – o morango chegou a subir 103,81% – ; a cebola com 40%; a batata inglesa, 29,89%; e o café, 15,24%.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a proposta dos bancos é mesquinha! Os trabalhadores, que constroem diariamente os lucros bilionários dos bancos, merecem reajuste maior para poder se alimentar de forma digna!
