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Síndrome de Burnout é oficializada como síndrome crônica pela OMS

O distúrbio é caracterizado pelo esgotamento profissional e atinge drasticamente diversos bancários

03/06/2019

Na segunda-feira passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a Síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, foi incluída na Classificação Internacional de Doenças da Organização (CID). No entanto, um dia depois do anúncio, a OMS voltou atrás e divulgou nota para esclarecer que “Burnout” não é reconhecida como doença, mas uma síndrome resultante de estresse crônico no trabalho.

Um porta-voz da organização explicou que a Síndrome de Burnout já estava na classificação precedente, no capítulo “Fatores que influenciam a saúde”.

“A inclusão neste capítulo significa precisamente que o ‘burnout’ não é conceitualizado como uma condição médica, mas como um fenômeno ligado ao trabalho”, explicou o porta-voz.

Os sintomas característicos são: sensação de esgotamento, desvio de comportamento ou sentimentos negativos relacionados ao trabalho e, por fim, eficácia profissional reduzida.

A síndrome aparecerá na próxima Classificação Internacional de Doenças (CID-11), como um problema associado ao emprego ou ao desemprego. A nova classificação entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2022.

Categoria adoecida
No setor bancário, há diversos casos de trabalhadores que adquiriram o distúrbio psíquico exercendo sua atividade.

Em 2017, um caso ficou conhecido nacionalmente quando a Justiça condenou o HSBC a pagar R$ 475 mil em indenização devido a condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes que um ex-bancário foi submetido. O trabalhador, que era constantemente perseguido pelo seu superior hierárquico com práticas vexatórias e humilhantes, com uso de apelidos pejorativos, ameaças explícitas de demissão e cobranças excessivas em relação às metas, se aposentou aos 31 anos, vítima da Síndrome de Burnout.

Em 2014, um bancário do Banco do Brasil foi reintegrado pelo Sindicato dos Bancários de Bauru e Região após ser demitido injustamente. Na época da demissão, ele se encontrava afastado de suas atividades por causa do diagnóstico de Burnout.

Para o Sindicato, a oficialização da síndrome pela OMS é um alerta à todas instituições. A saúde mental e física dos trabalhadores também dependem das condições de trabalho em que eles são expostos diariamente.

“O adoecimento dos bancários é resultado direto do assédio moral, da sobrecarga de trabalho e da cobrança diária de metas abusivas”, afirma Maria Emília Bertoli, funcionária do Santander e coordenadora de Saúde do Sindicato.

O canal do Sindicato no YouTube (seebbauru) contém um vídeo com o depoimento de um bancário vítima da Síndrome de Burnout. Clique aqui, Acesse o vídeo e veja como funciona o processo de adoecimento de um trabalhador submetido a uma rotina de assédio e metas inatingíveis.

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