O Santander tem demonstrado seu poder de exploração e abandono na agência de Duartina. Atualmente, apenas duas bancárias são responsáveis por todo o atendimento ao público, sem o apoio de um gerente geral para organizar a demanda. O GG que atuava na unidade foi transferido e, até o momento, não houve reposição.
No dia 8 de setembro, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região esteve no local e constatou a situação insustentável, que infelizmente já virou rotina: enquanto uma das trabalhadoras estava em horário de almoço, a outra atendia sozinha os mais de dez clientes que aguardavam atendimento. Sobrecarregadas e submetidas a condições mínimas para exercer o trabalho com dignidade, elas ainda precisam lidar com a pressão e impaciência dos clientes.
Abandono escancarado
A situação de Duartina evidencia o total abandono do banco em relação às agências do interior. Em 2024, o Santander iniciou mais uma reestruturação, com mudanças nas funções dos trabalhadores e fechamento de diversas unidades. As medidas impactaram diretamente não apenas os funcionários, que sofrem com a sobrecarga de trabalho e a precarização, mas também os clientes, que enfrentam filas cada vez maiores e muitas vezes precisam se deslocar a outras cidades para conseguir atendimento. Do ano passado para este, foram fechadas unidades em Bauru, Taguaí, Itaporanga e Fartura.
Para o Sindicato, o número reduzidíssimo de funcionários, a ausência de um GG e o abandono da agência de Duartina são inadmissíveis, especialmente quando se trata de um banco que lucrou R$ 7,520 bilhões no primeiro semestre e R$ 3,659 bilhões no segundo trimestre. A entidade exige que o Santander contrate mais empregados e garanta condições dignas de trabalho a todos. Além disso, espera que esse abandono não seja o prenúncio de mais um fechamento, como já ocorreu em tantas outras cidades do interior.