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Privatização camuflada: Caixa quer transferir Loterias Federais para subsidiária

21/03/2024

Bancos: Caixa Econômica Federal

Há suspeitas de que a nova direção da Caixa Econômica Federal, agora comandada por Carlos Antônio Vieira, esteja iniciando uma privatização camuflada, com a transferência da administração das Loterias Federais para a subsidiária Caixa Loterias. A proposta foi apresentada ao conselho diretor da CEF.

A privação da subsidiária não exige uma aprovação no Congresso Nacional, por isso o processo está sendo feito disfarçadamente. Além dele, um processo semelhante já está em andamento para fazer o mesmo com toda a operação de cartões de crédito do banco.

Em 2016, no governo Temer, foi criada a subsidiária Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), hoje Caixa Loterias, com o objetivo de preparar a privatização das operações. Durante o governo de Jair Bolsonaro, houve duas tentativas para passar a Lotex para a iniciativa privada, mas sem sucesso, após forte pressão dos trabalhadores, movimento sindical e parlamentares.

Já no começo do governo do presidente Lula, em 2023, com a Caixa sob comando de Rita Serrano, o encerramento das atividades da Lotex estava em andamento. No entanto, com a troca de presidente do banco público em novembro passado, o processo foi revertido.

Importância das loterias 

As loterias federais são monopólio da Caixa desde 1962. Elas têm grande importância no financiamento de programas sociais do governo federal. No ano passado, as loterias da Caixa arrecadaram um total de R$ 23,4 bilhões e desse total, R$ 7,9 bilhões foram pagos aos apostadores, na forma de prêmios, enquanto R$ 9,2 bilhões foram destinados a programas sociais do governo federal nas áreas de seguridade social, educação, saúde, cultura, esporte e segurança pública. Desta forma, cerca de 60% dos lucros da operação com as loterias retorna, todo ano, para a sociedade, na forma de investimentos sociais.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região reforça a necessidade dos empregados da CEF, entidades e parlamentares se unirem para barrar esse plano de privatização, que coloca em risco o caráter público do banco, imprescindível para o desenvolvimento do país e para o aumento do bem-estar social.

Carlos Vieira foi indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), ou seja, todo cuidado é pouco!

 

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