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Fim do teto de custeio do Saúde Caixa volta a ser reivindicado em reunião com o banco

28/07/2023

Bancos: Caixa Econômica Federal

O movimento sindical voltou a reivindicar o fim do teto de 6,5% da folha para o custeio do Saúde Caixa. O pedido foi feito durante reunião realizada no dia 21, com representantes da Caixa Econômica Federal.

Foi reforçado que a manutenção do teto de 6,5% tornará o plano financeiramente inviável para os empregados. Afinal, a projeção atuarial do banco prevê um déficit de R$ 355 milhões de reais. Deste modo, as mensalidades dos titulares passariam para 6,46% em 2024 e 7,25% em 2025, e dos dependentes para 0,74% e 0,83%, respectivamente.

Segundo dados apresentados pela CEF durante a reunião, com a limitação imposta no estatuto, a Caixa arca atualmente com 57% dos custos do Saúde Caixa, com tendência de redução desse percentual.

Em 2021, quando o banco arcou com 70% das despesas do plano e os empregados tiveram uma participação de 33,29%, não houve déficit no Saúde Caixa.

Redução de pessoal

Os trabalhadores ressaltaram que o fechamento do plano para novas adesões, em 2018, e a política de redução de pessoal implementada pela Caixa entre 2016 e 2022, é responsável pelo aumento da idade média dos beneficiários, que aumentou de 24 anos em 2004, para 42 anos em 2022, segundo dados apresentado pelo banco, assim como pelo percentual daqueles que possuem mais de 59 anos, de 9,8% para 25,4% no mesmo período.

A medida compromete ainda mais o chamado pacto intergeracional, que permite o equilíbrio entre as gerações: quando pessoas mais jovens, em tese mais saudáveis, pagam um pouco a mais do que seria indicado pelo seu perfil de uso dos serviços de saúde e os beneficiários nas últimas faixas etárias pagam um pouco menos.

Análise 

O movimento sindical solicitou ao banco os dados primários do plano para que seja feita uma análise particular. A Caixa disse que disponibilizará os dados, mas alertou sobre a necessidade de manutenção do sigilo, principalmente para evitar o uso pela concorrência.

Uma próxima reunião com o banco já está agendada para o dia 3 de agosto. Além do custeio serão tratados outros aspectos do plano como cobertura e atendimento, entre outros.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, além do SEEB-RN, foram os únicos representantes dos trabalhadores que não assinaram o último acordo do Saúde Caixa, justamente porque na época de sua assinatura, não foram apresentadas garantias de que o plano continuaria sustentável.

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