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Santander negligencia dificuldades enfrentadas por seus empregados

11/08/2021

Bancos: Santander

Imagem: Freepik / Flaticon

Aconteceu há uma semana, no dia 4, uma reunião entre representantes do movimento sindical e do Santander para discutir os quatro pontos de uma pauta que foi entregue ao banco em 22 de junho. Os pontos discutidos foram: mais contratações, mensalidade de assistência médica para trabalhadores afastados sem complementação salarial, retorno ao trabalho presencial, e WhatsApp.

Mais contratações

De acordo com a Comissão de Organização dos Empregados (COE), o Santander alegou, a respeito da reivindicação por mais contratações, que a automatização e a mudança de processos internos dentro nas agências resultou em redução de trabalho para os bancários, mas que, ainda assim, contratou 2 mil funcionários.

A COE questionou o número “porque o último balanço do banco mostra que houve apenas 78 contratações no semestre”. Assim, concluiu que o Santander está contratando terceirizados, e não bancários, retirando direitos e precarizando cada vez mais o trabalho.

Mensalidade de assistência médica para afastados

Muitos empregados do Santander afastados sem complementação salarial reclamaram que o banco passou a fazer o desconto do convênio médico em conta corrente, e não em folha de pagamento. O banco, no entanto, alegou que isso só ocorre quando não há saldo na folha de pagamento e que, no seu entendimento, sempre que utilizado, o convênio médico precisa ser pago. Ou seja: para o Santander, trata-se apenas de uma relação de consumo.

A comissão dos empregados respondeu que esses trabalhadores já se encontram em uma situação extremamente delicada causada pela doença, e enfatizou que utilizar o convênio médico não é uma opção — eles são obrigados recorrer ao plano de saúde.

Também afirmou que, ao contrário do trabalhador, o banco tem condições de arcar com esse custo durante o afastamento sem complementação, e somente efetuar os descontos quando o trabalhador retornar ao trabalho, com parcelamentos para facilitar a vida do trabalhador.

O Santander, por sua vez, alegou que é responsabilidade do funcionário prever esse custo e, portanto, ter dinheiro em conta para efetuar esse pagamento.

O RH do banco comprometeu-se a retomar a discussão interna na empresa e dar uma resposta sobre essa reivindicação nos próximos dias.

Retorno ao trabalho presencial

O Santander informou que o retorno ao trabalho presencial será feito gradualmente a partir da segunda quinzena deste mês, e que permanecerão em casa os trabalhadores do grupo de maior risco, mesmo os que já tomaram as duas doses da vacina contra a Covid-19.

O banco também se comprometeu a levar em consideração casos de pais e mães cujos filhos ainda não tenham retornado para a escola, além de outras questões de mobilidade.

Considerando que o trabalho remoto tem funcionado bem, a comissão dos empregados manifestou-se contrária ao retorno, pois mesmo quem tomou as duas doses da vacina pode não estar imunizado e pode contaminar outras pessoas. A COE também enfatizou que a variante delta é mais transmissível e já responde por 45% das contaminações em alguns estados.

WhatsApp

O Santander informou que está proibida a utilização do aplicativo WhatsApp Business para tratar de assuntos relacionados ao banco, devido a uma questão de segurança da informação. Também informou que o número de telefone fixo da mesa, que antes era no banco, agora foi transferido para os notebooks e computadores, e que disponibilizou um guia com orientações para utilização do WhatsApp, disponível na academia do Santander, para o caso de o bancário utilizar o aplicativo para conversas com o cliente.

Assim, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região orienta que o trabalhador denuncie à entidade caso algum gestor pressione para que o atendimento seja feito pelo WhatsApp pessoal, ou para que seja utilizado o WhatsApp Business. Os empregados devem utilizar apenas os canais institucionais disponibilizados pelo Santander, e não utilizar os WhatsApp para conversar com clientes, pois isso envolve segurança da informação e várias questões que podem resultar em responsabilização do trabalhador.

O Sindicato lembra que o lucro líquido gerencial do Santander no segundo trimestre cresceu 98,4% em relação ao mesmo período de 2020, tendo alcançado R$ 4,17 bilhões. Foi o maior lucro trimestral do banco desde o segundo trimestre de 2010. Portanto, não há motivo para que o Santander se negue a resolver os problemas apresentados.

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