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Itaú é condenado após mandar bancária “usar a beleza, já que não tinha talento” para atrair clientes

26/08/2021

Bancos: Itaú

Foto: México.com

O Itaú foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil a uma bancária de Florianópolis (SC), por pedir que ela se vestisse de forma sensual para atrair clientes. Segundo o gerente regional, ela deveria “usar a beleza, já que não tinha talento”.

A bancária, que na época tinha 23 anos, afirmou que o gerente mandava ela usar “batom vermelho, salto mais alto e saia mais curta” nos locais de concentração de possíveis clientes próximos à agência. Por conta dessa prática de assédio moral e sexual, a trabalhadora adoeceu, apresentando quadro depressivo, e teve problemas familiares.

Na ação, ela pedia uma “punição exemplar, com o fim de extinguir do ambiente de trabalho a falsa ideia de que a mulher tem que se sujeitar a tudo, ouvir qualquer ‘piadinha’ ou sofrer assédios sem se revoltar e protestar”. Após a constatação da conduta abusiva, o banco foi condenado a pagar indenização de R$ 500 mil, no entanto, o valor foi reduzido para R$ 8 mil pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC).

Por sua vez, o relator do recurso de revista da bancária, ministro Alberto Bresciani, assinalou que a indenização por dano moral tem conteúdo de interesse público, pois tem origem no princípio da dignidade da pessoa humana. Sendo assim, a fixação do valor deveria levar em conta a dor e o prejuízo sofridos pela vítima e o grau de culpa e a capacidade econômica do banco. Após esse parecer, a Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho decidiu, por unanimidade, aumentar o valor da condenação.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a postura do Itaú foi machista e repugnante. Não é de hoje que o banco utiliza suas trabalhadoras como “atrativos” para a clientela. A objetificação feminina – quando as mulheres são tratadas como objetos sexuais, onde apenas a aparência e corpo são valorizados – é inaceitável e precisa ser combatida, principalmente no ambiente de trabalho.

Além disso, apesar das mulheres serem maioria entre os trabalhadores do Itaú, mais de 90% dos cargos de direção são ocupados por homens. Ou seja, a instituição insiste em desvalorizar de todos os jeitos as mulheres e aumentar a desigualdade de gênero. Revoltante!

 

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