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Em reunião com o Itaú, movimento sindical cobra fim das demissões e metas, e protocolo mais rígido contra a Covid-19

19/04/2021

Bancos: Itaú

No dia 16, representantes do movimento sindical se reuniram com o Itaú para cobrar o fim das demissões, a suspenção da implementação do Gera, a redução das metas, o cumprimento dos protocolos contra a Covid-19, entre outros.

Sobre as demissões, o Itaú voltou a afirmar que está passando por um processo de transformação a longo prazo e justificou novamente os desligamentos devido à busca de novos perfis profissionais.

Já a respeito do Gera – programa de remuneração variável das agências – o Itaú se comprometeu a reduzir os indicadores. Em caso de afastamento do funcionário, por questões relacionadas à Covid-19, fica garantido a pontuação mínima diária e caso a agência seja fechada após a confirmação de casos positivos da doença, fica garantido a pontuação mínima diária.

O banco sugeriu uma nova reunião exclusiva para discussão aprofundada do assunto.

Protocolo contra Covid-19

O movimento sindical também reivindicou maior rigor nos protocolos de Covid-19, pois há denúncias de que o Itaú tem ocultado casos da doença por conta das metas e não tem higienizado as agências infectadas, colocando em risco a vida dos trabalhadores e clientes.

Após a reivindicação, o banco apresentou as novas medidas que serão tomadas para auxiliar no combate ao coronavírus:

  • Redução do horário de atendimento para as 14h nas agências;
  • Retomada das comunicações;
  • Reforço nas utilizações de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e protocolo de contatantes;
  • Orientação para utilização de duas máscaras;
  • Suspensão de visitas;
  • Intensificação da limpeza ao final do dia (segunda ou sexta);
  • Reuniões regionais com o médico do trabalho para esclarecimento.

Demissão após licença-maternidade

Há alguns dias, o desabafo (veja imagem abaixo) de uma bancária que foi demitida pelo Itaú ao voltar da licença-maternidade viralizou nas redes sociais. A trabalhadora, que teve a identidade preservada, atuava há 15 anos no banco.

Segundo a bancária, que atualmente estava no cargo de gerente geral comercial, o Itaú justificou sua demissão alegando que o desligamento faz parte da reestruturação interna do banco, que já demitiu mais de 200 gerentes para buscar profissionais com “novo perfil de liderança”. Apesar da trabalhadora afirmar que “entende” a reestruturação, ela relaciona a atitude ao seu afastamento por estar grávida na pandemia e à sua licença-maternidade.

“Não tem como não conectar esse meu desligamento repentino ao fato de eu ter acabado de voltar de licença-maternidade, somada aos 2 meses em que fui afastada pelo RH por estar grávida na pandemia, foram 8 meses sem trabalhar efetivamente, sem dar resultado ao banco. Mas e antes? Antes foram 14 anos em que dei o sangue, meta dada sempre foi meta cumprida”, desabafa.

No texto, a bancária também explica que mesmo após voltar da licença-maternidade, passou por 4 agências “ajudando ou cobrindo férias”, enquanto seu gestor afirmava que não havia lugar para ela trabalhar. “É difícil ser mulher no mundo corporativo”, finaliza.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a prática do Itaú em demitir trabalhadores em plena pandemia com a desculpa de estar em busca de novos perfis profissionais é revoltante! A situação da bancária que desabafou sobre a sua demissão após ter voltado de licença-maternidade é triste e não pode ser aceita.

No momento em que a trabalhadora mais precisa do apoio do banco, ela é descartada sem a mínima consideração pelos seus 15 anos de trabalho na instituição. É evidente que o Itaú faz parte do vasto grupo de empregadores que em um ato de preconceito e desumanidade, fecham as portas do mercado de trabalho para grávidas e mães com filhos pequenos. Para piorar, o banco tomou essa decisão durante a pandemia, contribuindo ainda mais para alta de desemprego no país. Inaceitável! A entidade se solidariza com a dor da bancária e continuará lutando contra essas demissões injustificadas.

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