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Em 2020, os 5 maiores bancos lucraram R$ 79,3 bilhões e eliminaram quase 13 mil empregos

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou recentemente um levantamento mostrando que, em 2020, “um ano de crise sanitária, econômica e social”, os cinco maiores bancos brasileiros (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco e Santander) lucraram R$ 79,3 bilhões, apesar da queda média de 25,2% na comparação com 2019.

Além disso, essas instituições eliminaram perto de 12.874 postos de trabalho e fecharam quase 1.364 agências (o Bradesco, sozinho, fechou 1.083 delas).

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, os números deixam claro que os bancos não servem a outro propósito que não seja o lucro. Num momento de grave crise, em vez de contribuírem com a sociedade mantendo o emprego de milhares de brasileiros, os cinco gigantes financeiros demitiram em massa e ainda fecharam grande número de canais de atendimento, favorecendo aglomerações. Absurdo!

Pandemia

Segundo o Dieese, “os bancos já estavam em um processo intenso de reestruturação com grande volume de investimentos em tecnologias da informação”, o que só se aprofundou com a pandemia. “Os balanços divulgados mostraram o crescimento significativo das transações financeiras pelos canais digitais (…), bem como a abertura de grande número de contas de clientes 100% digitais”, explica o órgão.

Além da digitalização, o Dieese destaca que o direcionamento de milhares de trabalhadores para o home office ajudou os bancos a reduzir custos de operação e levou ao fechamento de agências e escritórios. “Esse processo foi acompanhado da extinção de quase 13 mil postos de trabalho, somente em 2020, em plena crise sanitária e econômica, à revelia do compromisso dos bancos de não realização de dispensas, formalizado em acordo de abril de 2020, entre os bancos e o Comando Nacional dos Bancários”, lembra o departamento.

Ao longo do ano passado, o número de empregados nos cinco gigantes financeiros caiu de 404.585 para 391.711 (queda de 3,2%). O único que não registrou diminuição de postos de trabalho foi o Itaú, cujo quadro cresceu 2,7% com o acréscimo de 2.228 trabalhadores. Entretanto, como ressalta o Dieese, parte desse saldo refere-se a contratações para a área de TI (tecnologia da informação), além do pessoal da Zup, adquirida pelo Itaú.

Já o Bradesco cortou 7.754 vagas (-8%), o Santander, 3.220 (-6,7%), a Caixa, 2.611 (-3,1%) e o BB, 1.517 (-1,6%).

Quanto ao número de agências, das 1.364 unidades fechadas em 2020, 1.083 eram do Bradesco. BB e Caixa mantiveram o número estável, o Santander fechou 175 e o Itaú, 117.

Ativos

Enquanto isso, o total de ativos das cinco instituições chegou a R$ 7,9 trilhões ao final do ano passado (aumento médio de 17,1% na comparação com 2019). O valor é superior ao do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, de R$ 7,4 trilhões em 2020. “Boa parte dos ativos dos bancos corresponde às suas operações/carteiras de crédito, cujo montante totalizou R$ 3,6 trilhões, em 2020, com crescimento de 14,1% em relação ao ano anterior”, aponta o Dieese. Já o patrimônio líquido das cinco instituições cresceu 10,1%, para R$ 592,1 bilhões.

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