De acordo com levantamento realizado pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão, até o dia 1 de maio, 11 bancários morreram vítimas da Covid-19. No entanto, ontem (11), esse número aumentou para 12, contando infelizmente com a morte de José Carlos Pinotti Filho, bancário da Caixa Econômica Federal, que trabalhava no jurídico da CEF em Bauru, mas no final de março, foi transferido para Belém (Pará).

Os bancários que perderam a vida devido a doença causada pelo novo coronavírus são de diversas regiões do Brasil e de diversos bancos. Há registros de falecimentos em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Pará, Amazonas e Assis (SP). Provavelmente, o número de mortes pode ser bem maior, uma vez que as secretarias estaduais e municipais de saúde não divulgam a ocupação profissional das vítimas.

Mesmo com muitos bancários trabalhando em sistema de home office, há diversos trabalhando expostos na linha de frente da pandemia, atendendo a população em serviços fundamentais. De acordo com pesquisa realizada pelo jornal O Globo, o setor bancário é um dos serviços que oferecem grande risco de contágio por coronavírus aos seus trabalhadores: a função de caixa é de 69,7% e recepcionista bancário 61%. O índice supera o de motorista de aplicativo/táxi (63,3%) e cobrador de ônibus (66.3%), chegando bem perto ao de agente funerário (72%).

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, esse triste cenário pode piorar se os bancos não endurecerem as medidas de proteção aos trabalhadores e se a população não tiver consciência de que o melhor neste momento é evitar aglomerações.  O Sindicato já ajuizou uma ação civil pública pedindo que todos os bancos sejam obrigados a oferecer testes para identificação do coronavírus para os empregados que prestarem serviço presencial, e uma ação com pedido de insalubridade.

O Sindicato se solidariza com os familiares, amigos e colegas dos bancários que faleceram vítimas da Covid-19. A história de cada um nunca será apagada!