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CEF pratica assédio moral às vésperas da venda da Caixa Seguridade, denuncia sindicato de São Paulo

13/04/2021

Bancos: Caixa Econômica Federal

Na última sexta-feira (9), o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região informou que vem recebendo muitas denúncias sobre a escalada do assédio moral na Caixa Econômica Federal, principalmente por causa da iminente abertura de capital da Caixa Seguridade.

De acordo com o sindicato, chefias do banco “estão aplicando o chamado ‘feedback estruturado’ (que substituiu o MO 21.182), medida que faz parte do processo de ‘descomissionamento por justo motivo'”.

“Além disso, tem sido realizado rodízio entre os GGRs das agências, o que intensifica a desestruturação das unidades às vésperas do pagamento do auxílio emergencial”, acrescenta a entidade.

O sindicato de São Paulo afirma que “vai reorientar superintendentes ou outros chefes que utilizarem, por falta de conhecimento ou inadvertidamente, do feedback.caixa (feedback estruturado) como se fosse um feedback, mas que, de fato, é um apontamento para descomissionamento”.

A entidade explica que “a Caixa, através de sua universidade corporativa, instrui os métodos de dar feedback, mas em nenhum deles consta a ameaça de descomissionamento utilizando o RH184”, o que seria assédio moral e, portanto, passível de ação judicial.

Feedback estruturado

Em junho de 2016, a Caixa criou um novo RH, que previa o descomissionamento sumário. Os empregados e o movimento sindical se mobilizaram e, durante a greve daquele ano, paralisações nacionais, inclusive de gestores, conseguiram enterrar esse tipo de descomissionamento.

“A mobilização dos empregados e do movimento sindical conseguiu a garantia da manutenção da função por pelo menos 60 dias, mas agora alguns gestores estão utilizando esta mudança da caixa chamada feedback.caixa [feedback estruturado] para ameaçar descomissionar e pressionar os trabalhadores a fazer coisas não muito corretas, que devem ser denunciadas”, alerta o diretor executivo da entidade, Dionísio Reis.

Pressão para venda de ações da Caixa Seguridade

Em paralelo a isso, ainda segundo o sindicato paulistano, vem ocorrendo uma “cobrança desmedida” e “assédio moral para oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Caixa Seguridade, que sequer ainda foi ofertada na Bolsa de Valores”. Segundo Dionísio Reis, empregados relatam “que estão sendo obrigados inclusive a comprar ações para bater a meta”.

“A pressão excessiva para contribuir com o desmantelamento do banco público está gerando sofrimento emocional e psicológico, e obrigando ao uso de medicação controlada”, afirmam as denúncias, e “a situação é tão grave, que as denúncias estão partindo dos gerentes das unidades”, alerta o sindicato, que analisa “a possibilidade de ação judicial contra o assédio moral da empresa”.

Denuncie qualquer forma de assédio

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região ainda não recebeu denúncias com esse teor de gravidade, mas está atento por saber que o governo Bolsonaro, por meio de Paulo Guedes (ministro da Economia) e Pedro Guimarães (presidente da Caixa), pretende sucatear o banco para depois poder vendê-lo.

Assim, se você receber “feedback estruturado”, precisa também receber uma via da documentação em cópia e contatar o Sindicato pelo telefone (14) 3102-7270.

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