Ontem (17), o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região se reuniu com a Superintendência da Caixa Econômica Federal, para discutir sobre os pontos da notificação extrajudicial entregue em julho pela entidade juntamente com os sindicatos do Maranhão e Rio Grande do Norte.
A notificação, que chegou até a presidência da Caixa, solicitou a manutenção dos funcionários em home office, o rodízio entre os trabalhadores nas agências bancárias e o direcionamento de 30% dos bancários que estão trabalhando presencialmente ao atendimento integral dos pagamentos dos programas sociais.
No documento, os três sindicatos ressaltaram que o retorno ao trabalho presencial em um momento tão crítico da pandemia do novo coronavírus, só ajudaria no aumento do número de casos e mortes.
Na reunião, ficou acordado que o home office de funcionários das áreas-meio será mantido, inicialmente, até o dia 30, com avaliação posterior de prorrogação dessa data. Além disso, os diretores do Sindicato presentes na reunião, Priscila e Alexandre, criticaram a postura do banco em coagir a volta dos trabalhadores, ao enviar um documento para eles preencherem, utilizando a expressão “quero atender”.
O Sindicato também relatou que recebeu denúncias de que gerentes ameaçaram lançar horas negativas de bancários que não fizeram o rodízio uma só vez durante a pandemia. Sobre o caso, representantes da Superintendência negaram o conhecimento da ameaça e se comprometeram a proibir a prática.
Outro ponto que o Sindicato destacou na reunião foi a insistência do banco em colocar um alto número de clientes e usuários dentro das agências para serem atendidos, causando diariamente aglomerações e, consequentemente, aumentando o risco de contágio por coronavírus.
A irresponsabilidade do banco com a saúde dos trabalhadores e população também foi destacada na forma como a Caixa segue erroneamente os protocolos de segurança e higiene. Segundo denúncias recebidas pelo Sindicato, alguns gerentes aguardavam o resultado positivo de bancários com suspeita de coronavírus (cerca de 4 a 5 dias), para só depois higienizar as agências e liberar os colegas que tiveram contato com os trabalhadores contaminados.
Por fim, o Sindicato destacou que todos esses pontos estão documentados e se não forem solucionados, a entidade acionará a Justiça e a imprensa. Com saúde não se brinca, Caixa!