No dia 23, a Caixa Econômica Federal e representantes dos empregados se reuniram para debater questões específicas do Saúde Caixa.
Segundo informações apresentadas pela CEF, os maiores impactos financeiros do plano em 2022, em comparação com 2021, são referentes ao atendimento em pronto-socorro, com aumento de mais de 36% e medicamentos quimioterápicos – um crescimento de mais de 28%.
Carência da rede e demora para atendimento
Em referência ao volume de atendimento, os maiores crescimentos foram em pronto-socorro –acima de 62%– e internações –mais de 19% de aumento. A alta reflete a carência de rede credenciada, sem especialistas em certas áreas médicas, e também a demora no prazo de agendamento nos consultórios, que pode levar até 60 dias, segundo relatos dos próprios associados.
Adoecimento mental
As sessões de psicoterapia também tiveram aumento de quase 21% nos custos em 2022, em comparação ao ano passado. O aumento comprova a recente pesquisa da Fenae, que apontou o adoecimento mental como o principal motivo de afastamento dos trabalhadores da Caixa, fruto dos inúmeros casos de assédio e pressão no local de trabalho.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a centralização do Saúde Caixa, que acabou com as estruturas de Gestão de Pessoas (Gipes) nos estados, tem feito com que os usuários enfrentem inúmeras dificuldades, como a piora na qualidade do atendimento, a insuficiência de credenciados e os obstáculos para conseguir autorizações para procedimentos, internações hospitalares e outros serviços. Ou seja, a descentralização no atendimento é de extrema necessidade, assim como o retorno da Gipes e dos comitês de credenciamento e descredenciamento.