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Presidente da Caixa quer abrir capital da gestora de recursos e do banco digital, além de vender participação na Elo

20/04/2021

Bancos: Caixa Econômica Federal

Foto: Adriano Machado/Reuters

O Valor Econômico publicou nessa segunda-feira (19) uma reportagem sobre os planos do presidente da Caixa Econômica Federal para a abertura de capital de mais subsidiárias do banco, além da Caixa Seguridade. Em entrevista para o jornal, Pedro Guimarães “disse acreditar ser possível isso no caso da subsidiária de gestão de recursos, assim como da bandeira de cartões Elo — neste caso, a decisão depende também de Banco do Brasil e Bradesco”.

Elo

Guimarães informou que o processo para a oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) da Caixa Cartões está sendo revisado devido ao Pix — o sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil (BC). Segundo ele, o serviço impacta diretamente o valor da empresa, assim como outras do segmento de cartões.

“O Pix mudou a operação do setor de meios de pagamento e por isso o IPO está sendo repensado”, disse, acrescentando que não seria conveniente realizar o IPO da Elo e da Caixa Cartões ao mesmo tempo.

Assim, a prioridade, agora, é a venda do seu capital na Elo, empresa da qual a Caixa tem quase 40% do capital. A Elo é a terceira maior bandeira de cartões no país, controlada pelo Banco do Brasil e pelo Bradesco por meio da holding EloPar.

Banco digital

Na entrevista ao Valor, Pedro Guimarães reiterou a disposição de abrir o capital do banco digital, “mas nesse caso ele evita sinalizar um prazo porque ainda não saiu a aprovação do BC, que era esperada para o ano passado, mas segue em análise”.

Ainda segundo o jornal, “ele argumenta que o atrativo do banco digital é o potencial de crescimento do setor de tecnologia financeira e não a lucratividade em si”. O presidente da Caixa “entende que o melhor caminho é o mercado internacional, que tem financiado uma série de empresas desse segmento, mesmo sem a apresentação de lucros no curto prazo”.

Para Guimarães, o banco digital não representaria um esvaziamento da Caixa, mas reforçaria o papel social da instituição, dando uma alternativa de bancarização para a baixa renda.

Ele ainda contou que o programa de microcrédito está pronto e que agora a avaliação é sobre o melhor momento para ele entrar em cena. Guimarães sinaliza que isso pode ocorrer somente após o fim do pagamento do auxílio emergencial, para evitar que o mecanismo de crédito seja confundido com programas de transferência de renda.

Mas deixou em aberto de ocorrer antes. Para o presidente da Caixa, afirma o jornal, “o sucesso da operação de microcrédito também é fundamental para agregar valor ao IPO do banco digital”

IHCD

Por fim, Pedro Guimarães reiterou que pretende devolver R$ 8 bilhões em Instrumento Híbrido de Capital e Dívida (IHCD) e empréstimos ao Tesouro Nacional neste ano.

“Ele não comentou nada sobre o IPO da Caixa Seguridade, que está em andamento, alegando que obedece as regras de silêncio nesse período de captação definidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM)”. A abertura de capital da Caixa Seguridade está marcada para o dia 29.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o enfraquecimento da Caixa por meio da venda de ativos é a estratégia do governo Bolsonaro para poder privatizá-la no futuro.

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