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Itaú mantém cobrança de metas de consignado a funcionários, apesar de restrições na concessão

30/05/2025

Bancos: Itaú

Crédito: Freepik

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Mesmo diante das recentes restrições na concessão de empréstimo consignado para aposentados e pensionistas – impostas após o escândalo de fraudes envolvendo o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) -, o Itaú tem mantido a cobrança de metas de vendas relacionadas a essa modalidade.

No dia 8 de maio, o INSS determinou o bloqueio de novos descontos em folha. Com isso, os bancários conseguiam apenas simular propostas, sem possibilidade de efetivar os contratos.  Apesar dessa limitação operacional, o Itaú seguiu exigindo o cumprimento de metas.

Já em 23 de maio, uma nova exigência do INSS tornou o processo ainda mais lento: passou a ser necessária a verificação por biometria facial para liberar novos contratos, como tentativa de frear novas fraudes. A mudança tem prolongado o processo de finalização da operação, dificultando ainda mais o alcance das metas.

Mais metas, mais obstáculos

Além do consignado tradicional, bancários relatam dificuldades para bater metas de outro produto: o empréstimo consignado para funcionários que recebem pelo próprio Itaú. De acordo com denúncias, os bancários sequer têm acesso ao andamento ou retorno das propostas. A falta de agilidade na resposta tem feito com que os interessados busquem o produto em outras instituições.

Os trabalhadores também estão com dificuldades para atingir a meta do crediário (empréstimo pessoal). Isso porque a alta taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,75% ao ano, influencia os juros cobrados pelo banco, encarecendo o crédito para os clientes.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região cobra uma postura mais responsável do Itaú. É inaceitável que metas continuem sendo exigidas como se o contexto não tivesse mudado. A cobrança, além de pressionar indevidamente os trabalhadores, ignora obstáculos fora do controle, como falhas sistêmicas e entraves regulatórios. Se o adoecimento em razão das metas abusivas já era alto entre os trabalhadores antes dessas restrições, agora pode ser ainda pior.

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