O teatro encenado pela Contraf/CUT e pela Fenaban teve mais um ato ontem, 26, com os bancos proclamando que desistiram de reduzir a PLR, que vão manter as regras da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários.
Do jeito que a Contraf/CUT narra a história, a única coisa que falta para os banqueiros virarem mocinhos é eles aceitarem dar o reajuste salarial…
Até o momento, a Fenaban propõe um reajuste nos salários apenas na data-base (1º de setembro) do ano que vem, equivalente a 70% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — e mais 30% do índice em março de 2022!
Para “compensar” o reajuste nulo em 2020, os bancos propõem o pagamento de um abono no valor de R$ 1.656,22. Absurdo!
Já é possível imaginar como vai terminar essa peça: na reunião de hoje, que começa às 14 horas, os banqueiros cedem ao charme dos cutistas e aceitam reajustar o salário dos bancários. Para manter o suspense, é mais provável que essa cena se prolongue alguns dias — mas, poucos.
A verdade é que a Contraf/CUT, que com a Contec dirige a quase totalidade dos sindicatos de bancários do Brasil, demorou demais para iniciar a campanha nacional e mobilizar a categoria, mesmo sabendo que, com a extinção da ultratividade pela reforma trabalhista, a convenção e os acordos coletivos perderiam a validade em 1º de setembro.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a categoria não pode esperar mais! Na terça-feira, 25, a entidade realizou assembleia em sua sede, em Bauru, e aprovou a greve a partir do dia 31, segunda-feira.
